Em abril de 2008, editado pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel - ABLC - Rio de Janeiro, lancei meu Cordel intitulado "História da Cultura Popular em Versos de Cordel", minha idéia tinha como objetivo principal ser parte de uma série com o mesmo titulo, tratando de temas populares específicos. É o caso desse volume 2, prestes a se concluir, no qual descrevo a Ciranda como modalidade da cultura de massa. Diga-se de passagem, massa fina, cuja essência alimenta o imaginário dos produtores da Literatura Clássica. A Ciranda, digo em dado momento "A arte que faz o homem, cuja prática faz o ser", deixa claro ao que veio e quais são seus predicados.
Sirvo como degustação poética, alguns versos em sextilhas do texto em composição, num esforço em concretizar a busca pelo sentido do que vem a ser a Ciranda: qual a sua origem; a quem serve e a quem interessa mantê-la viva, entre outras missões. Os dois versos iniciais são bons exemplos, seguidos por mais alguns, cada qual com sua função enquanto membros de um mesmo corpo.
Sirvo como degustação poética, alguns versos em sextilhas do texto em composição, num esforço em concretizar a busca pelo sentido do que vem a ser a Ciranda: qual a sua origem; a quem serve e a quem interessa mantê-la viva, entre outras missões. Os dois versos iniciais são bons exemplos, seguidos por mais alguns, cada qual com sua função enquanto membros de um mesmo corpo.
Talvez você desconheça
onde a Ciranda nasceu
eu sei que é bem legal,
uma cultura importada
e sobre o legado seu...
Sem dúvida, em Portugal.
Nos diz a etimologia
por padre Jaime Diniz
que o termo é proveniente
do vocábulo espanhol:
- Zaranda, isso ouví,
cujo sentido peneira
farinha do tal país.
(...)
A Ciranda, algumas vezes,
é tida como política
a forma de conversar;
a metáfora coletiva
gesto de cultura viva
a arte de educar.
(...)
A Ciranda é uma dança
de muitas mãos ajuntadas,
com um punhado de idéias
ou razões denunuciadas
de inspiração mais rica
do adulto a criançada.
(...)
Ao que me parece, certo,
a Ciranda evoluiu
na cidade de Goiânia
nas terras do Pernambuco,
que vinda de Portugal
um ritmo quente e astuto.
(...)
Sugiro para encerrar
um ato fenomenal,
aos doutores da política
deviam em ato legal,
transcrever nossa Ciranda
património imaterial.
Ressalvados os erros e as incorreções, estes versos são de minha autoria.
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