Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Nasci no Sitio Cipoal, do município de Mulungu, região de Caatinga, também conhecida como Cerrado, interior da Paraíba a nordeste do Brasil. Nasci de uma família de muitos Severinos: tios, primos e conterrâneos, em 26 de fevereiro de 1963. Sou Poeta, Escritor infanto-juvenil, Cordelista Palestrante e Glosador. A minha poesia não é uma escolha. Ela é uma necessidade pessoal, emocional e social. Acredito que ninguém faz História sem uma dose pessoal de sacrificio e, por assim entender, com humildade, busco trilhar uma longa e promissora caminhada pelo mundo da Literatura Popular. Me vejo como amante e consumidor da natureza e da arte! Agente social e por isso articulador para a convergência da resolução das questões sociais. Sou pai de dois maravilhosos filhos: Francisco José e Fabiano. Sou grato a Deus por todas as pessoas que passaram pela minha vida deixando suas marcas. Sou reconhecedor dos benefícios das pessoas que permanecem comigo, apontando caminhos ou sinalizando os desvios necessários para o nosso engrandecimento; estando entre estas pessoas, os meus pais: Manoel Honorato e Maria Luzia. Ele de descendência italiana e ela, com um pé na Africa.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O menino

O seguimento poesia para Crianças, há muito, ao que me parece, não vem despertando interesse em nossos poetas modernos. Talvez seja o reflexo da comercialização deficiente ou, senão, apenas e tão somente a pura e simples não prática da leitura por jovens e adolescentes. O que seria consumo de qualquer forma. Porque insisto nessa falação do consumo da poesia? Pois é, chego a ser chato, eu sei! Ocorre que não nos aculturamos com as práticas comuns das sociedades que esquecem e abandonam a produção literária de seus autores. Não é só por isso, talvez. Mas, falando de poesia para Crianças, segue uma.

O menino

O menino,
que alegria.

Pega o pato
põe sapato,

Pega o pinto
põe na pia.

A marreca
que sapeca:
- irerê, irerê,
ela voa
ele não vê!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O que sei sobre o Cordel?

Cordel – estudo resumido.

Postado em 09 de fevereiro de 2009.
Origem
O termo Cordel deriva de barbante e tem origem européia. Cordão, em Portugal, sempre foi Cordel. No Brasil, porém, jamais teve este significado. Mas como falamos de mais um modelo de nossa cultura que deriva da importação, assim nos acostumamos a chamala. Incorporando aos nossos costumes. E era assim chamada porque em feiras, os folhetos eram presos em barbantes e pendurados. Digamos que eram as prateleiras móveis da época.

O que é
Cordel é uma forma técnica de se fazer poesias em versos rimados. O Cordel é uma forma popular de se falar e viver a Cultura Popular. Aliás, diz a história que poetas com domínio absoluto da técnica, rimam todos os versos. Ainda bem que veio a semana de arte moderna que nos livrou dessa obrigatoriedade, no caso da poesia universal, digamos. Mas no Cordel, em obediência a regra, deve-se rimar versos entre si. Quando isso não acontece, dizemos que se quebrou o pé.

Como se escreve
Pode não parecer, mas num primeiro momento, o Cordel escrito em obediência as regras, torna-se exigente. Isso é bom para se sugerir uma qualidade ignorada pelos dicionaristas. Na idade média, onde se tem registros do Cordel, alguns autores não levavam em consideração algumas regras, isso talvez, de certa forma, explique o fato de os dicionaristas dizerem que o Cordel é literatura de pouco ou nenhum valor.
Já foi aceito de forma muito parecida com a Trova, que é uma quadra sobre um tema, sem titulo. Atualmente a forma mais elementar e de fácil assimilação, resume a seguinte forma: estrofes de seis (sextilhas) versos com sete silabas cada verso. Mas também pode ser escrita em setilhas, oitavas ou décimas.

Nuances
O que eu chamo de nuances do Cordel, pode mais facilmente ser entendido como as faces ou facetas deste modelo de Poesia Popular. Nossa escola, a escola institucional, ignorou por muito tempo a utilidade dessa modalidade de poesia. Mas o interior do Brasil sempre a utilizou com dividendos positivos quando aplicados de forma voluntária por professores para trabalhos extra classe. Como fui um desses alunos beneficiado por tal Cultura, posso assegurar que esse conhecimento me aguçou o interesse em vir a ser um dos produtores dela. É de meu conhecimento que em muitos municípios do Brasil, no Nordeste, os livretos já foram chamados de professor folheto, dada a sua importância, por ser o único material disponível.

Principais autores
Segue apenas quatro entre as dezenas de autores renomados: Leandro Gomes de Barros, Patativa do Assaré - falecidos, Mestre Azulão e Gonçalo Ferreira, este ultimo, fundador e presidente da ABLC.

A quem se destina
Nossos autores (re)contam as noticias e fatos, segundo a sua interpretação, com o ganho dos floreios poéticos. Isso faz a Literatura de Cordel útil para um público variado, haja vista que há crianças escrevendo Cordel. Isso ocorre com muita freqüência em escolas no interior do Brasil. Eu tenho em minha Cordelteca particular, exemplares escritos por alunos de uma escola publica de Campina Grande na Paraíba.

Títulos mais famosos
Depois eu listo os mais famosos títulos.

Onde encontrar
Bem, não será tarefa difícil encontrar publicações da Literatura de Cordel. Vou lhe dar apenas o indicativo de dois ou três lugares onde os encontramos com farta variação de títulos e autores. São esses lugares: - Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Literatura de Cordel sito a Rua Leopoldo Fróes, 37 – bairro de Santa Tereza – telefone (21) 2232-4801. Site: www.ablc.com.br ou pelo e-mail: contato@ablc.com.br . Feira de São Cristóvão de 5ª feira a domingo e na livraria Graúna com o amigo Leônidas. Em Pernambuco: - na feira de Caruaru. Nos estados do nordeste, em quase todas as feiras livres, é possível encontrar alguém com um tabuleiro abarrotado de folhetos.

Xilogravuras
Um detalhe que chama a atenção: nem todos os Xilogravuristas se reconhecem como artistas. Por isso, a meu ver, se davam o devido valor a esta modalidade de arte.

O que se faz hoje
O que se faz hoje em favor desta cultura e arte de escrever a modalidade ou vertente poética, nada mais me parece ser do que zelar pelo futuro estritamente original, necessário a preservação.

Em tempo: este pequeno resumo é tão minúsculo diante do que se tem para falar do Cordel, que pode representar apenas uma frase ou nem isso. Mas é inicialmente a minha contribuição sobre esta arte popular.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O sentido das palavras

Outro dia, numa palestra para um grupo reduzido de jovens estudantes de nível médio, alguém perguntou: - qual a diferença entre as palavras Biografia e Bibliografia? (a resposta só na próxima postagem).

Poética Aleatória

Recontar a história
Reviver os fatos,
Desenhar a estrada
Nova e absoluta,
É viver a vida
É encarar a luta!
É sonhar com o novo
É querer do povo
Uma nova conduta!

Rejeitar o vício
Fazer sacrifício
Seguir a jornada,
Ver a paz em tudo
Que faz transpirar
Pelos brônquios
Dos pulmões,
Enfim delirar
No inverso das canções!

Escrever é

Escrever é adentrar a casa vizinha por baixo da porta, deixando o "eu" do lado de fora.

Meu Próximo Livrro

Este texto, inicial, serve apenas como um dica aos visitantes deste blog, que de acordo com título, começo a preparar meu livro individual de Poesias, para daqui há cinco anos. Lá, se Deus me conceder a graça de alcançar esta idade, estarei completanto 50 anos. Acredito ter vivido (ou sobrevivido) a experiências capazes de me tornar contribuinte para com a História da Cultura e da Literatura Popular do Brasil. Certamente ele térá poesias ineditas e algumas já publicadas. Não será um show, mas certamente alguns dos meus versos, a meu ver, merecem bis.

Teu Olhar

Teu Olhar

A vertice
da tua face,
me corta
ao meio, o lhar,
como quem vê
inceteza
em tudo
que eu quis
amar!

Enredo do Meu Sonho

Enredo do Meu Sonho

Repousei sob
o crepúsculo
alaranjado...

Adormeci sob
as palpébras
cinzentas da noite

e acordei
sob a aurora
de um tempo
renovado!