Quem sou eu

- Don Severo
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Nasci no Sitio Cipoal, do município de Mulungu, região de Caatinga, também conhecida como Cerrado, interior da Paraíba a nordeste do Brasil. Nasci de uma família de muitos Severinos: tios, primos e conterrâneos, em 26 de fevereiro de 1963. Sou Poeta, Escritor infanto-juvenil, Cordelista Palestrante e Glosador. A minha poesia não é uma escolha. Ela é uma necessidade pessoal, emocional e social. Acredito que ninguém faz História sem uma dose pessoal de sacrificio e, por assim entender, com humildade, busco trilhar uma longa e promissora caminhada pelo mundo da Literatura Popular. Me vejo como amante e consumidor da natureza e da arte! Agente social e por isso articulador para a convergência da resolução das questões sociais. Sou pai de dois maravilhosos filhos: Francisco José e Fabiano. Sou grato a Deus por todas as pessoas que passaram pela minha vida deixando suas marcas. Sou reconhecedor dos benefícios das pessoas que permanecem comigo, apontando caminhos ou sinalizando os desvios necessários para o nosso engrandecimento; estando entre estas pessoas, os meus pais: Manoel Honorato e Maria Luzia. Ele de descendência italiana e ela, com um pé na Africa.
domingo, 8 de novembro de 2009
Visita
Disse-me que viu sorrir
Meus olhos em suas
mãos,
Como mente este
poeta
Com suas lentes
discretas
Perdeu a sua razão;
Pois ele viu verter
lágrimas
Dos músculos do coração!
sábado, 8 de agosto de 2009
A Pastoral que Faz Acontecer

As nossas ações surgem de momentos iguais a estes: - encontros e debates. Nossas conclusões serão publicadas posterior. Nossa reunião em 08 de agosto, com a presença da liberada nacional Cristina Souza e de Eduardo Paludete. Conceição do colegiado e Gabriela Fey, esposa do falecido Paulo Fey, vinda da Alemanha e os nossos companheiros de Duque de Caxias: Sebastião, Dionézio e Luis Carlos. Do Rio-capital: eu, Severino, Ana Maria e Iracilda. De Nova Iguaçu: pe. Agostinho Pretto, Flavio e pe. Geraldo Lima. Meire do Secretariado nacional do Movimento Fé e Política.









sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Autores Antenados

Nesse momento falamos do que é ser "Escritor" enquanto profissional no Brasil.
sábado, 1 de agosto de 2009
Feira de Cultura e Meio Ambiente - Pessoas












Pessoas que nos encaminham para as atividades culturais e sociais. O Júlio, feliz, deixa cortar seus cabelos.




sábado, 25 de julho de 2009
O Mundo Precisa ser mudado

Éramos jovens e queríamos mudar o mundo
O ano de 1960 iniciava uma década de efervescência social e política. Eu e outros companheiros jovens pertencíamos a uma geração que queria mudar o mundo. Participando de movimentos da Igreja Católica, éramos animados pelas propostas do Concílio Ecumênico Vaticano II, convocado pelo papa João XXIII. Ele convidava todas as pessoas de boa vontade e todos os povos para a “imensa tarefa de restaurar as relações de convivência humana na base da verdade, justiça, amor e liberdade”. Mostrava a necessidade de se construir a paz e a coexistência pacífica e civilizada entre todos os seres humanos. Promovendo o rejuvenescimento da face de Cristo, evocava a força transformadora do Evangelho e lembrava aos cristãos a missão de construir o Reino de Deus na terra, agindo no mundo conforme a proposta libertadora de Jesus Cristo, sempre repleto de eterna juventude. Deveríamos ser fermento na massa.
Cresceu a participação da juventude, quando sentiu que poderia ser agente das mudanças, das conquistas sociais e da construção da sociedade. Com a sua sensibilidade, energia e disposição, os jovens partiram para a ação, mostrando que tinham capacidade e visão de mundo, podendo apontar rumos de mudanças. Não nos conformávamos com o mundo do jeito que estava. Tinha que mudar.
Inicialmente, éramos seis jovens: eu, Paulo Pacheco, Luiz Carlos Joras, Alfredo Antas Reis, José Aquiles Leal, José Pacheco. Na Congregação Mariana da igreja do Imaculado Coração de Maria, no Méier, participávamos de profundas reflexões nas manhãs de domingo, à luz do Evangelho e do Concílio, sobre o papel dos cristãos no mundo. Deveriam ser testemunhas de Cristo na sociedade, agentes de construção da justiça e da paz. Assim mostravam o Evangelho e os recentes documentos sociais da Igreja: as encíclicas “Mater et Magistra” e “Pacem in Terris”.
A juventude estudantil participava das atividades políticas através da UNE (União Nacional dos Estudantes) e de outras organizações de estudantes secundaristas. Alguns de nós participavam também de atividades estudantis políticas através da JEC (Juventude Estudantil Católica), JUC (Juventude Universitária Católica) e JOC (Juventude Operária Católica). Eu, como outros, participava das atividades sindicais e até cheguei a ser presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro em 1972.
A partir de 1964, aconteceram os golpes militares na América Latina, a intensificação da luta de resistência dos vietnamitas contra o imperialismo americano, as guerras no Oriente Médio, explosão do movimento negro nos Estados Unidos. Isso tudo fazia crescer na juventude, ainda mais, a consciência de que o mundo precisava mudar e o sonho de liberdade e a esperança aumentava.
Éramos seis e queríamos ser multiplicados, na convicção de que “grande é a messe e poucos os operários”. E fomos à praça em busca de mais operários. E então vários outros jovens, sedentos de participação, surgiram. Entre eles destacaram-se: Carlos Alberto Gonçalves, Getúlio Drumond, Cláudio Campos, Maria Lídia Galvão, Maria Inez Serapião, Maria Sílvia, Maria Lúcia e Walter Joras, João Alfredo, Luiz Pacheco, Victor Freeland, Maria Inês Pacheco, Butch e Ângela, Zezé e Helói, Maria José Martins, Hugo, Luiz Paulo Correa, Elesbão, Chico Alencar, Alfredo Maciel, Mário Silveira, Neusa Pacheco, Edu e Cecília, Flávio do Nascimento, Genésia Vasconcelos. E fomos acompanhados e orientados por joviais padres como: Pe.Celso José Pinto (hoje aposentado como arcebispo de Teresina), Pe. Antônio Montenegro de Aguiar, Pe. Daniel de Castro (falecido), Pe. Bruno Trombeta (falecido), Pe.José Meireles e outros.
Durante alguns anos, esses jovens, combativos, permaneceram juntos e animaram muitos outros jovens a se integrarem no sonho da construção do mundo justo, fraterno e solidário. Com a publicação da Encíclica Populorum Progressio, do papa Paulo VI, sempre atual, defendendo o desenvolvimento integral do homem e o desenvolvimento da solidariedade universal, procuramos assumir como tarefa a renovação da ordem temporal, tentando imbuir de espírito cristão a mentalidade e os costumes, as leis e as estruturas sociais e políticas. Pois a encíclica nos convidava a ser fermento no mundo e a todas as pessoas de boa vontade a lutar por uma civilização solidária.
Alguns de nós se formaram engenheiros, outros, professores, outros, médicos e outros exerceram profissões diversas, levando, cada um, para sua profissão e para sua comunidade de vida, esse espírito evangélico de construtor do Reino de Deus. Alguns ingressaram nas atividades sindicais, políticas e partidárias, movimentos populares, etc. Todos se destacaram em suas profissões e atividades sociais. E alguns se destacaram na atuação política e partidária, como Chico Alencar-professor de História e escritor - que já exerceu dois mandatos de vereador, um de deputado estadual e está no terceiro mandato de deputado federal. Também o Luiz Paulo Correa da Rocha – engenheiro - que já exerceu vários mandatos de deputado estadual, já tendo sido vice-governador do Rio de Janeiro e duas vezes secretário de estado.
Hoje, sexagenários, alguns até septuagenários, não nos conformamos com o mundo do jeito que está, mas guardamos a convicção de que, como o semeador do Evangelho, semeamos a semente e, talvez, parte tenha caído à beira do caminho, outra em terreno pedregoso, outra entre os espinhos, mas sabemos que boa parte caiu em terreno fértil. A colheita? Deixemos a Quem de direito. Fizemos o que tínhamos que fazer.
Concluindo: queríamos realmente mudar o mundo. Alimentamos esse sonho e investimos nesse projeto, mantendo sempre a certeza de que esse investimento não tinha um sentido passageiro ou imediato. Mas sim um processo de construção de tempo indefinido, permanente e eterno. Para nós, não existia, nem existe a questão do tempo, mas os valores eternos ontem, hoje e sempre. Insistimos, por isso, na convicção de que o sonho de mudança continuará, porque mudar é sempre um desejo e necessidade do ser humano. Como disse d. Hélder Câmara – eterno jovem e portador de eterna esperança- ”Quem não precisa de conversão?”
Assim, os jovens não devem se conformar com o mundo do jeito que ele está. Precisam sonhar, alimentar a utopia de que um mundo melhor é possível e lutar com entusiasmo e esperança, sem pressa, sem a ânsia de resultados imediatos. É preciso pensar e sonhar grande. Só luta com ardor quem pensa em coisas grandes e tem sonhos belos.
Rio, março de 2009
Edmilson Martins de Oliveira
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Comunidades Eclesiais de Base


Não é por acaso que lá encontramos um povo único! Mas não exclusivo. Nas CEB´s, tal qual se diz, igual ao coração de mãe, sempre se aceita mais uma pessoa. Nas CEB´s acontecem as formas primitivas de organização popular: - com festa em volta do querer servir. Caminhar com a CEB, é aceitar viver um modelo de vida solidária e pleno de certeza que a força da trsnsfomação está na organização popular. Aliás, no 15º grito das pessoas excluidas, que vai acontecer no santuário de Aparecida/SP, deu-se um significado interessante as necessidades urgentes em que precisamos adentrar para fomentar a proteção a vida, se assim a queremos e entendemos como prioridade em primeiro lugar.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Feira Cultural e do meio ambiente

Lá estivemos, Deise Dudly - Viva Rio/Fiocruz, Lucia Cerqueira - PO, Eu, Severino Honorato - Poeta e PO e colaborador para articulação dos artistas da região, para divulgar a III Feira anual de Cultura e Meio ambiente, este ano organizada em conjunto: - Viva Rio e Fiocruz, no campus Mata Atlântica Fiocruz de Jacarepaguá, no pavilhão agricola da semi desativada colonia Juliano Moreira.
Ao todo, se somam 32 entidades e organizações participantes da intervenção que ocorrerá em 25 de julho, sábado, das 10:00 ás 20:00h.
A Pastoral Operária se fará presente com representação dos três grupos de base do Vicariato Jacarepaguá e, fará exposição e venda da produção dos membros do grupo de base da igreja de São Sebastião de Vargem Grande. Também será apresentada ao público um modelo de máquina de filetar PET para a fabricação de Vassouras. Máquina esta que foi desenvolvida por equipe técnica da APAC, entidade parceira da Pastoral Operária estadual do Rio de Janeiro.
Eu farei apresentação cultural ao modelo do Cordel, ressaltando a importância da Economia Popular Solidária, segundo a visão da PO.
Pudemos contar também com a presença da Fatinha da Pastoral do Menor do Projeto Liberdade Assistida Comunitária da cidade de Nova Iguaçu e Sidney Teles ex-diretor do DEGASE, divulgando atividade social em favor da infância e da adolescência brasileira, dias 23 e 24 de julho em que vai participar dom Orani João Tempesta, arcebispo da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Ao Ferreira e toda equipe da rádio, os nossos agradecimentos.









segunda-feira, 20 de julho de 2009
EPS em Poesia
Eu juro que não prometo
Fazer-te compreender
Mas farei com alegria,
Nesses maus traçados versos
Concebidos num processo
Desta nova economia.
Rejeitada pela lei
Do mercado capital,
Nasce do seio do povo
Como sentimento novo
Alento de um novo ser
Outra forma de viver.
Não nasceria do acaso
Porque nele eu não creio,
A verdade é uma porta
E o ser fruto do meio,
Cristão que celebra a vida
Diz pela fé ao que veio.
Na década do desemprego
Em grupos, os operários,
Criam organizações
A justiça dos salários;
É preciso garantir
A vida do proletário.
Um povo que se organiza
Vê a vida que agoniza
Nas agruras do imaginário,
O bolo mal dividido
Sem emprego, o vai e vem,
Nossa gente sem salário!
Esta outra economia
Fez-se por uma conquista
A Pastoral Operária
Começou a nos dar pistas
Sabiamente nossa gente
Com sua veia de artista...
Começou a percorrer
Discutir e organizar
Outra gente a produzir
Em outro canto e lugar,
Pois para sobreviver
Será preciso inventar!
Lá pelo anos noventa
A mudança radical
Nossos estudos revelam
O destroço sindical
Embora não se descarte
A luta organizacional.
Os novos questionamentos
Trazem-nos a inquietude,
Foi preciso procurar
Conhecimento que alude
Para em nome da justiça
Proteger a juventude!
Um novo jeito de ser
Planejar com todo grupo
Gera uma nova atitude,
E na base da razão
Lá estavam os cristãos
Dispostos as solicitudes!
O trabalho sindical
Jamais foi abandonado,
Continuam a preparar
O povo em outra empreitada,
Mas vem esta economia
Revelar a alegria, por isso, priorizada.
Muitos desmandos políticos
É preciso que eu fale,
Calou a metalurgia
E também quer que me cale,
Com as privatizações
Com ações que nada vale!
Mas ao final da conversa
Você quer compreender,
Precisa ser convencido
Do que poderá fazer?
- consuma sem destruir
não faça a vida morrer!
Quem planeja em companhia,
Quem produz pela beleza
De viver um novo dia
Com flores, a natureza,
Esta é a economia
Com a graça de quem deseja...
Quem deseja um novo mundo,
Prepara este novo ser,
Não cobra mais que o devido
Promove o povo oprimido
Não vive sem perceber;
Este é o ser escolhido...
Para ser a esperança
Para plantar a bonança
Para viver a justiça
Para impedir a cobiça
Do modelo capital
Que não me deixa viver!
Tem o cooperativismo
Ativismos, outros ismos que se faz,
Formas que revelam ao povo
Organizar sempre traz,
Um jeito de impedir
A ação de satanás!
Para o bem da Economia
Popular e Solidária
Não se busca uma classe
Ou uma ação ordinária,
Basta-nos tão simplesmente
Uma ação planetária!
Hoje o nosso governo
Criou a Secretaria,
Nacional ao que se presta
Fomentar a Economia,
Dando-lhe cara e formato
De organização sadia!
Existem os manuais
Propagandas que convém
Ao bem de nos informar
Que o novo modelo tem
A cara do nosso povo
Que se apoderou do bem!
Do bem que é este jeito
Sem cara e conversa feia
Isto é pratica do povo
Não é de uma gente alheia
Que a faz com muito gosto
A construção desta teia!
Sem patrão, sem empregado,
Sem vantagem sobre alguém
Será preciso de ajuda
Para transportar o fardo,
O peso bem dividido
Será-nos aliviado!
Tem gente fazendo vela
Tem gente plantando a roça
Tem gente fazendo o pão,
Tem gente catando o lixo
Tem gente com seu capricho
Construindo noite e dia
Esta nova educação!
Tem gente propondo a troca
Tem gente contando história
Na lógica da oração,
Não precisa ser exato
Tem gente somando os fatos
Para esta nova nação!
Nossa riqueza constrói
O novo ser, novo dia,
E nestes versos tentei
Descrever a economia
Que falam desde os primórdios
Os livros da profecia!
Não sei se esclareci
Ou criei mais confusão,
Pra viver um novo mundo
Tenderá desconstrução
A nova marca do ser
Tem cara e tem coração!
Autoria: Severino Honorato – Rio de Janeiro, 19 de julho de 2009.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Pequena mensagem
do nosso momento
a poesia...
Da nossa esperança
dolente,
eterna alegria...
mesmo que fosse
apenas
o instante sublime...
o passado de um dia!