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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Nasci no Sitio Cipoal, do município de Mulungu, região de Caatinga, também conhecida como Cerrado, interior da Paraíba a nordeste do Brasil. Nasci de uma família de muitos Severinos: tios, primos e conterrâneos, em 26 de fevereiro de 1963. Sou Poeta, Escritor infanto-juvenil, Cordelista Palestrante e Glosador. A minha poesia não é uma escolha. Ela é uma necessidade pessoal, emocional e social. Acredito que ninguém faz História sem uma dose pessoal de sacrificio e, por assim entender, com humildade, busco trilhar uma longa e promissora caminhada pelo mundo da Literatura Popular. Me vejo como amante e consumidor da natureza e da arte! Agente social e por isso articulador para a convergência da resolução das questões sociais. Sou pai de dois maravilhosos filhos: Francisco José e Fabiano. Sou grato a Deus por todas as pessoas que passaram pela minha vida deixando suas marcas. Sou reconhecedor dos benefícios das pessoas que permanecem comigo, apontando caminhos ou sinalizando os desvios necessários para o nosso engrandecimento; estando entre estas pessoas, os meus pais: Manoel Honorato e Maria Luzia. Ele de descendência italiana e ela, com um pé na Africa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

EPS em Poesia

Cordel sobre a Economia Popular Solidária para a 3ª Feira Social do Campus Fiocruz Mata Atlântica.

Eu juro que não prometo

Fazer-te compreender

Mas farei com alegria,

Nesses maus traçados versos

Concebidos num processo

Desta nova economia.


Rejeitada pela lei

Do mercado capital,

Nasce do seio do povo

Como sentimento novo

Alento de um novo ser

Outra forma de viver.


Não nasceria do acaso

Porque nele eu não creio,

A verdade é uma porta

E o ser fruto do meio,

Cristão que celebra a vida

Diz pela fé ao que veio.


Na década do desemprego

Em grupos, os operários,

Criam organizações

A justiça dos salários;

É preciso garantir

A vida do proletário.


Um povo que se organiza

Vê a vida que agoniza

Nas agruras do imaginário,

O bolo mal dividido

Sem emprego, o vai e vem,

Nossa gente sem salário!


Esta outra economia

Fez-se por uma conquista

A Pastoral Operária

Começou a nos dar pistas

Sabiamente nossa gente

Com sua veia de artista...


Começou a percorrer

Discutir e organizar

Outra gente a produzir

Em outro canto e lugar,

Pois para sobreviver

Será preciso inventar!


Lá pelo anos noventa

A mudança radical

Nossos estudos revelam

O destroço sindical

Embora não se descarte

A luta organizacional.


Os novos questionamentos

Trazem-nos a inquietude,

Foi preciso procurar

Conhecimento que alude

Para em nome da justiça

Proteger a juventude!


Um novo jeito de ser

Planejar com todo grupo

Gera uma nova atitude,

E na base da razão

Lá estavam os cristãos

Dispostos as solicitudes!


O trabalho sindical

Jamais foi abandonado,

Continuam a preparar

O povo em outra empreitada,

Mas vem esta economia

Revelar a alegria, por isso, priorizada.


Muitos desmandos políticos

É preciso que eu fale,

Calou a metalurgia

E também quer que me cale,

Com as privatizações

Com ações que nada vale!


Mas ao final da conversa

Você quer compreender,

Precisa ser convencido

Do que poderá fazer?

- consuma sem destruir

não faça a vida morrer!


Quem planeja em companhia,

Quem produz pela beleza

De viver um novo dia

Com flores, a natureza,

Esta é a economia

Com a graça de quem deseja...


Quem deseja um novo mundo,

Prepara este novo ser,

Não cobra mais que o devido

Promove o povo oprimido

Não vive sem perceber;

Este é o ser escolhido...


Para ser a esperança

Para plantar a bonança

Para viver a justiça

Para impedir a cobiça

Do modelo capital

Que não me deixa viver!


Tem o cooperativismo

Ativismos, outros ismos que se faz,

Formas que revelam ao povo

Organizar sempre traz,

Um jeito de impedir

A ação de satanás!


Para o bem da Economia

Popular e Solidária

Não se busca uma classe

Ou uma ação ordinária,

Basta-nos tão simplesmente

Uma ação planetária!


Hoje o nosso governo

Criou a Secretaria,

Nacional ao que se presta

Fomentar a Economia,

Dando-lhe cara e formato

De organização sadia!


Existem os manuais

Propagandas que convém

Ao bem de nos informar

Que o novo modelo tem

A cara do nosso povo

Que se apoderou do bem!


Do bem que é este jeito

Sem cara e conversa feia

Isto é pratica do povo

Não é de uma gente alheia

Que a faz com muito gosto

A construção desta teia!

Sem patrão, sem empregado,

Sem vantagem sobre alguém

Será preciso de ajuda

Para transportar o fardo,

O peso bem dividido

Será-nos aliviado!


Tem gente fazendo vela

Tem gente plantando a roça

Tem gente fazendo o pão,

Tem gente catando o lixo

Tem gente com seu capricho

Construindo noite e dia

Esta nova educação!


Tem gente propondo a troca

Tem gente contando história

Na lógica da oração,

Não precisa ser exato

Tem gente somando os fatos

Para esta nova nação!


Nossa riqueza constrói

O novo ser, novo dia,

E nestes versos tentei

Descrever a economia

Que falam desde os primórdios

Os livros da profecia!


Não sei se esclareci

Ou criei mais confusão,

Pra viver um novo mundo

Tenderá desconstrução

A nova marca do ser

Tem cara e tem coração!



Autoria: Severino Honorato – Rio de Janeiro, 19 de julho de 2009.

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